Alvos são investigados por integrarem um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e privados; operação é desdobramento do caso Gritzbach. A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (25), três mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão para desarticular um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e particulares. A operação é um desdobramento da investigação do caso que envolve a delação premiada do corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos.
Um dos alvos dos mandados de prisão é o piloto Roberval Andrade, que já foi campeão na Fórmula Truck , em 2002 e 2010, e na Copa Truck, em 2018. Ele é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A ordem judicial foi cumprida na manhã desta quarta-feira.
Os outros dois são investigadores da Polícia Civil de São Paulo. Um deles é Sérgio Ribeiro, investigador de 1ª Classe da Divisão de Crimes Contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). O outro é Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), preso desde o ano passado.
As defesas dos três não foram localizadas. O espaço permanece aberto para manifestação.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informa que o investigador Ribeiro está sendo apresentado na Delegacia do Deinter 6, em Santos, e deverá passar por audiência de custódia nas próximas horas. O outro agente já se encontra detido.
“As investigações seguem sob sigilo para não comprometer o andamento dos trabalhos”, complementou a pasta.
Veja os carros de luxo, dinheiro e armas apreendidos em operação que tem piloto da Copa Truck como alvo
Busca e apreensão
Três dos alvos dos mandados de busca e apreensão são o advogado Anderson Domingues, conhecido por fazer a defesa de lideranças do PCC, como o traficante André do Rap; o empresário Rogério Giménez; e o contador Júlio Mocarzel.
o advogado Domingues recebia informações privilegiadas dos investigadores para beneficiar clientes, como o piloto Andrade. Em troca, pagava propina aos agentes. O escritório de Domingues tinha como estagiário o filho do policial civil “Bombom”, e o advogado já havia sido investigado por envolvimento com um plano para resgatar da prisão o traficante Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, em 2020. ( O Globo)
Adicionar Comentário