Um dos alvos é suspeito de viajar com ouro em dezenas de voos comerciais. Outros dois seguem foragidos. Agentes fizeram busca e apreensão em igreja e outros endereços nos quatro estados. Um dos endereços alvo de busca e apreensão foi uma igreja em Manaus.
Os agentes federais também cumpriram busca e apreensão em Itaituba, no Pará; e outros doze em Porto Velho, em Rondônia; Manaus, no Amazonas e em Curitiba. Foram documentos e dinheiro, ainda não contabilizado, apreendidos na ação. PF informou que os mandados foram decretados pela Justiça Federal no Amazonas contra suspeitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, usurpação de bens da união, falsidade ideológica e uso de documento falso. Também foi decretado sequestro de bens de 24 alvos no inquérito. De acordo com a PF, a investigação partiu da apreensão de 7,5 quilos de ouro, feita no dia 1º de setembro de 2022, no Aeroporto Internacional de Belém, em uma ação conjunta da PF e da Receita Federal. O passageiro não tinha sido preso em flagrante e foi preso pela operação nesta quarta-feira (28). Os dois filhos dele estão foragidos, todos suspeitos do mesmo esquema criminoso. As investigações apontaram que o suspeito, mesmo após ter sido detido no aeroporto e liberado em seguida, continuou levando em voos comerciais o ouro extraído em garimpos ilegais de rios no Amazonas e Rondônia, com destino ao estado de São Paulo. Em onze meses, ele embarcou em 27 voos semelhantes entre Curitiba, Porto Velho, Manaus e Campinas, com quantidades cada vez menores, para evitar suspeitas. Segundo a PF, o esquema recebia ares de legalidade a partir de empresas “noteiras”, que forjavam notas fiscais. Um dos suspeitos foragidos é sócio de empresa sem funcionário, que movimentou R$ 1,5 bilhão em três anos e meio, entre junho de 2020 e setembro de 2022. A perícia da PF confirma forte evidência de fraude, reforçando a suspeita da investigação.
A Justiça determinou o sequestro de contas bancárias, suspensão de atividades da empresa e da permissão de lavra garimpeira.
A Receita Federal também participa das investigações, com compartilhamento de informações
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