Durante interrogatório no STF, ex-presidente disse que não houve plano de golpe, minimizou reuniões com militares, pediu desculpas a Moraes e classificou pedidos por AI-5 como “coisa de maluco” O ex-presidente Jair Bolsonaro depôs ontem terça 10-06 ao Supremo Tribunal Federal na ação penal que apura a (tentativa de golpe de Estado) após as eleições de 2022. Durante o interrogatório, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro negou envolvimento em uma trama golpista, minimizou as reuniões com militares e admitiu que pode ter exagerado na retórica. Bolsonaro negou que tenha havido qualquer plano para um golpe de Estado. Afirmou que, em “nenhum momento”, alguém o ameaçou de prisão, e que as Forças Armadas não aceitariam cumprir ordens ilegais.
Em seu depoimento, o brigadeiro Baptista Jr., ex-comandante da Aeronáutica, afirmou que, em reunião com os comandantes das Forças, no fim de 2022, Bolsonaro discutiu ruptura democrática. E que teria ouvido do general Freire Gomes, então comandantes do Exército, que teria que prender o então presidente se a ideia fosse adiante.
Bolsonaro negou a existência dessa conversa. “As Forças Armadas têm missão legal. Missão ilegal não é cumprida. Em nenhum momento alguém me ameaçou de prisão.”
Contudo, há outro objetivo em curso: preparar terreno para um eventual pedido de prisão domiciliar.
É por isso que o tom adotado no depoimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal , Alexandre de Moraes na terça-feira (10) foi mais contido. Nada de ataques diretos ao Supremo, como nos tempos de Planalto. A orientação era clara: demonstrar cooperação e evitar confronto com o Judiciário — o oposto do Bolsonaro presidente.(g1)
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